Ai!


Com a unha do polegar direito, crescida e suja, cutuquei a ferida.
Forcei o canto da casquinha, que cedeu, e inseri a unha como alavanca, dolorosamente levantando e descolando. Saiu um liquido esverdeado, uma gotinha só, depois –ploc! – casquinha levantada.
A ponta, do lado oposto, parecia unida à pele e foi preciso fazer mais força, finalmente saiu mas o esforço rompeu algo e o sangue começou a minar.
O antebraço estava bem vermelho agora, as bordas do machucado eram esponjosas e arroxeadas, úmidas e quentes.
Ofereci ao cachorro, que lambeu e lambeu, abanando o rabo.
Coloquei a casquinha de volta e pressionei uns minutos, selei com bandaid para grudar de novo, para amanhã ter mais diversão.

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