Self healing

Olhei para minhas mãos sobrepostas, o polegar direito pressionando com firmeza o indicador esquerdo, estranha dormência na mão toda.
Removido o polegar, vi a cabeça do prego, prateada, quase sumindo pela ponta, que era de um amarelado pálido, um tanto estranho e insensível.
Comecei a puxar com as unhas do outro indicador e do polegar e aos poucos o corpo prateado deslizava para fora. Limpo e brilhante, 8 centímetros de comprimento, a ponta ligeiramente torta.
O dedo era menor que o prego, mas não houve sangue algum. Houve sim uma extirpação de algum fantasma, algum tormento que nem sei qual foi, como um vodu desfeito.

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